quinta-feira, junho 21, 2007

Perfume das Noites de Verão

Sente-se ao entardecer, pela madrugada dentro, ao nascer do sol. O perfume da cidade, o meu perfume, da minha cidade. Procurava nas flores, nas árvores. Estacava no meio da rua quando o sentia. Procurava-o pelas avenidas, pelas ruas, pelos jardins. Sentia saudades dele no Inverno. Porque é que não podemos capturar um cheiro como fazemos com uma fotografia?
Um dia fui apanhada pelo jardineiro do Jardim da Estrela. Sorriu-me. Retribuí e não tive que lhe perguntar nada. "É o cheiro das flores das tílias", disse-me. "Só abrem de noite". E eu olhei para cima, para aquelas árvores imponentes, seculares, cujas raízes rebentam com o chão. E vi, no meio das folhas verdes, bem lá no alto, umas minúsculas flores. Brancas. Perfumadas. Com cheiro às noites de Verão.

segunda-feira, maio 28, 2007

Imagens que ficam

Fogo de artifício e cortina de fogo na Ponte 25 de Abril
(Sábado, 26 de Maio)


terça-feira, maio 22, 2007

Voltar

4.00h da manhã. As ruas e avenidas semi-desertas. As luzes sobre mim. As árvores agitadas pelo vento que me dizem "não vás embora". E eu que me afasto. Mas que quero voltar. Para sempre, as estas ruas e avenidas.

sexta-feira, abril 27, 2007

Noite em Lx

A cidade, a noite, as luzes. A estrada pela frente. Os outros carros. A música. A minha, a tua, a nossa. O rio. O vento pela janela. As minhas ruas. Os bancos. Os jardins. As memórias. A ausência. Tua.

terça-feira, abril 17, 2007

A rua

O café fica numa rua inclinada e tem nome de pássaro. Não a rua, o café. Mesmo em frente à leitaria, que está aberta desde manhã bem cedo (6h? 7h?) e só fecha às 23h. Antes os miúdos costumavam jogar à bola por entre os carros. Agora já não. Mas as pessoas ainda se cumprimentam de uma janela para a outra, ainda saem da leitaria com as compras por pagar e ainda se alongam em conversas que esquecem que o tempo não pára quando se cruzam na rua. Na minha rua.

Amar

Lisboa